tag:blogger.com,1999:blog-17527996.post115879587586982675..comments2023-07-03T16:56:30.265+01:00Comments on Blogómica: "Vale a pena ir seguindo o caso" IIIRui Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/00207859574716638208noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-17527996.post-1158893766214264952006-09-22T02:56:00.000+00:002006-09-22T02:56:00.000+00:00Com curiosidade observei nos últimos dias artigos ...Com curiosidade observei nos últimos dias artigos que tratavam da polêmica sobre o Design Inteligente (DI) e notei que parte da discussão enveredou, saindo um pouco da defesa ou do ataque polarizado, para notar a pobreza crítica ou, para dizer melhor, a quase ausência, num único autor, de um esforço pelo contraditório. Por vezes, parece-me, a melhor maneira de refutar um oponente é ajudá-lo a defender-se. Talvez se devesse experimentar a escaramuça e perguntar se é possível que a DI seja uma tese cientificamente válida e esforçar-se por defendê-la. <BR/>Identifiquei no Blogómica o estranhamento de todos frente ao caso, bem como a contraposição. Por aqui, no Jornal da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência de 14.11.2005 e 30.11.2005 dois artigos materializaram ataque e contra-ataque, e não posso dizer que houve vantagem de um lado sobre o outro. Essa impressão não se desfez com o tempo, ao contrário. O argumento “criacionista” migrou para foros críticos (mutatio controversiae?), e passou-se a defender o ensino relativista da teoria darwiniana. <BR/>Do que se pode ler na Rede, vai-se do abstruso comentário lamentoso desencadeado pela declaração papal, comparando alegoricamente o Cristo a uma “mutação” que conduziria a humanidade à sua maioridade, ao científico dogmático, chegando (de passagem) em Ann Coulter (http://en.wikipedia.org/wiki/Godless:<BR/>_The_Church_of_Liberalism). Nisto tudo tem-se sobremaneira a instanciação monomaníacas, embuçada no seu hábito. Consoante a isto, o editor da Federation of American Societies for Experimental Biology no FASEB Journal, manifestou aqui (http://www.fasebj.org/cgi/content/<BR/>full/20/3/405) compreensiva preocupação com a tolerância às “ciências alternativas ou complementares” como a homeopatia, quiropatia, Ayurvédica, aromaterapia, terapia de cristais, etc., além da “medicina quântica”, “ortobiomolecular”, que eu próprio testemunhei ser uma oportunista cavilação no tecido retórico pós-moderno. Weissmann, o editor da FASEB, põe esse pensamento “complementar” como causa de que não se estranhe mais tanto teses com a natureza do DI. Por outro lado, o próprio hábito mental aqui parece existir também na indolência dos escudeiros do evolucionismo, que por vezes parecem apreçados ao tentar lembrarem-se de argumentos que não lhes surge tão de pronto como parece-lhes que deveriam. <BR/>O argumento criacionista me constrange quando declara que <BR/><BR/>“<I>Ernst Mayr, o mais eminente dos darwinistas, afirmou: 'A biologia evolutiva, em contraste com a física e a química, é uma ciência histórica – o evolucionista tenta explicar eventos e processos que já aconteceram</I>'” (Enézio E. de Almeida Filho, JC de 30 de Novembro de 2005).<BR/><BR/>Ver essa declaração de Mayr na boca de um criacionista parece-me ainda mais curioso que todo o resto; por ser geólogo, sei que os geólogos pensam saber sobre o passado, mergulhado em névoa metafísica, mais do que sabem de fato. O desgraçado é que vejo que podemos fazer pouco contra o uso dessa declaração, que joga a evolução para trás do horizonte nevoento das eras geológicas.<BR/>Estranho, por fim, a discussão não entrar mais a fundo nas teses Emergentista e da “Ressonância Mórfica”, de Rupert Sheldrake (http://www.sheldrake.org/homepage.html), que parecem ser o caminho do meio para a discussão que se pretende científica sobre “inteligências” na natureza e ao longo da história da Terra. Quero sugerir também o artigo “A luta dos monstros” (http://www.olavodecarvalho.org/<BR/>semana/060626dc.html), do Filósofo Olavo de Carvalho.Andréhttps://www.blogger.com/profile/09064252368795068281noreply@blogger.com