domingo, outubro 26, 2008

Fome, olfacto e longevidade


Foto: Keith Kbradnam

Vermes (Caenorhabditis elegans) com neurónios envolvidos na detecção de alimento afectados vivem mais apesar de se alimentarem normalmente (ver aqui e aqui, com um título bem explícito). Lá se vai a restrição calórica como processo de prolongamento do tempo de vida.

O que parece ser mais importante para um aumento do tempo de vida é a sinalização de falta de alimento.
Por isso os vermes atingem tempos de vida prolongados tanto com restrição calórica como com etosuximida que inibe os tais neurónios cuja actividade está aumentada quando há presença de alimento (aquilo que corresponderá ao olfacto). Assim, parece que a sinalização de ausência de alimento (mesmo que mentirosa) induz o organismo um estado de adaptação que leva ao abrandamento do metabolismo, do crescimento e prolongamento do tempo de vida.

Afinal poderemos prolongar a nossa vida sem passar fome! No entanto, se for à custa da etosuximida, não tiramos muito proveito pois um dos efeitos secundários é a perda do paladar.

Sem comentários: