quinta-feira, outubro 05, 2006

Os "omics" e os ensaios em animais


Sem evitar os testes em animais, as abordagens globais ("omics") como a toxicogenómica, toxicoproteómica e metabolómica, podem no entanto contribuir para aliviar a pressão social para os banir ou reduzir drasticamente. Devido à sua sensibilidade e especificidade potenciais (estas "omics" ainda não estão completamente afinadas) na detecção de alterações de expressão genética, de produção de uma proteína ou de um metabolito, os testes poderão ser adaptados a ensaios de curta duração (por exemplo em toxicologia), evitando a acção toxicológica em pleno do agente testado com manutenção da utilidade do teste em termos de informação toxicológica. No seu artigo, Michaela Kroeger refere ainda que isto possibilitará também a redução temporal dos testes (dá um exemplo da possibilidade de redução de ensaios de carcinogenicidade de 2 anos para algumas semanas) e redução do número de animais usados.

Esta é uma forte possibilidade depois de se ultrapassar questões técnicas das abordagens globais que passam pela diminuição da variabilidade inter-laboratórios e do procesamento dos dados. Para isto já anda muita gente a trabalhar na bioinformática.

Sem comentários: