quinta-feira, março 01, 2007

O relojoeiro cego


Confesso que ainda não o tinha lido. Não me lembro de ter lido nenhum livro ou texto que fosse tão claro na defesa do evolucionismo (e ainda vou no capítulo 3). Acho mesmo que toca na verdadeira essência do equívoco em que caem os detractores do darwinismo. Esta passagem do início do capítulo 2 acho que diz quase tudo:

Natural selection is the blind watchmaker, blind because it does not see ahead, does not plan consequences, has no purpose in view. Yet the living results of natural selection overwhelmingly impress us with the appearance of design as if by a master watchmaker, impress us with the illusion of design and planning.

Mas o que deixa também claro é que a selecção natural é tudo menos casual. Aqui continua a deitar por terra muitos dos argumentos clamando contra a improbabilidade do aparecimento de seres vivos tão complexos com base na selecção natural (se esta fosse por processos puramente casuais). O facto, como Dawkins refere, é que casual são as variações genéticas, sendo a selecção natural dirigida para as variações favoráveis (e possíveis pelas leis da física). Assim se explica o aparecimento de órgãos complexos (como o olho, uma asa) formado por alterações graduais, cada uma delas favoráveis, o que provoca uma restrição no universo de soluções possíveis em termos de variações genéticas quando um órgão já possui uma determinada função. É este o relojoeiro cego, ou seja, a selecção natural.

2 comentários:

quarkup disse...

não sei se viste um video que está no youtube sobre a "luta" entre o evoluccionismo e Criacionismo

Rui Oliveira disse...

Não, podes-me dar o link?