Tal como Mendel com a ervilheira, Barbara McClintock acertou em cheio no modelo que utilizou (milho) na descoberta dos transposões de DNA (ver artigo). Até aí o genoma era uma entidade estática. Com McClintock o genoma passou a ser algo de assustador. Afinal há elementos genéticos que saltam de um sítio para outro promovendo quebras de cromossomas e até inactivação de genes.
E McClintock descobriu isto através de cruzamentos e observação das cores dos grãos de milho! Cada grão é um descendente do cruzamento, assim, num só indivíduo, é possível analisar muitos "filhos". Enquanto que Mendel analisava características morfológicas em ervilheiras (cor de pétalas, cor de ervilhas, comprimento de caules, etc), McClintock analisou a cor dos "filhos" (grãos de milho) de cada cruzamento. Através da variedade de cores (amarelo, púrpura e castanho) e respectivos padrões dos grãos (ver figura), chegou à identificação de elementos genéticos.
Sem comentários:
Enviar um comentário